A Prefeitura de Criciúma estuda a implantação de um espaço ampliado para acolhimento de pessoas em situação de rua. A proposta é reunir, em um mesmo local, estrutura para tratamento de dependência química, apoio psicossocial, reintegração familiar e inclusão no mercado de trabalho. O modelo está em fase de análise com base em experiências de outros municípios.
Segundo a secretária de Assistência Social, Dudi Sônego, o atual formato, com a utilização da República, já não comporta a demanda. “Hoje, as pessoas acolhidas saem para trabalhar e voltam apenas para dormir. Mas, para um atendimento mais completo, precisamos de um local que permita acompanhamento integral e encaminhamentos mais eficazes”, explicou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior, nesta terça-feira (03).
Desde o início da atual gestão, a prefeitura triplicou o número de vagas para tratamento de dependência química. Atualmente, 145 pessoas estão em processo de recuperação. A maioria dos casos, conforme a secretária, está diretamente ligada à dependência química, e cerca de 40% dos acolhidos são oriundos de outras cidades.
Além do tratamento, a Assistência Social oferece apoio às famílias e, quando possível, viabiliza o retorno das pessoas à cidade de origem. “Reforçamos a equipe do Centro POP para acompanhar tanto os acolhidos quanto os familiares. O objetivo é reconstruir vínculos, porque só tirar da rua não resolve. Se não houver esse laço fortalecido, muitos acabam voltando para a mesma situação”, afirmou Dudi.
Em relação ao bairro Pinheirinho, região que concentra grande parte dessa população, a secretária afirma que a situação é complexa e exige ações articuladas entre diversas áreas.
Ouça na íntegra o que disse a secretária de Ação Social de Criciúma, Dudi Sônego: