O IBGE de Santa Catarina apurou que 91 mil pessoas são diagnosticadas com transtorno de espectro autista em Santa Catarina. Atualmente, o último dado mostra que a cada 31 nascimentos, uma pessoa já nasce com diagnóstico de transtorno do espectro autista.
De acordo com a conselheira estadual da ONDA, Elaine Cardoso, este número vem crescendo e o número correto por ser bem maior. “Aqui em Criciúma, por exemplo, na época eu fiz um levantamento juntamente com as famílias e a maioria das famílias não recebeu a pergunta se tinha na casa a pessoa com transtorno do espectro autista. Eu, por exemplo, recebi na minha casa e não tinha a pergunta, porque a pergunta era aleatória, não era feita em todas as residências. Então caía aleatoriamente essa questão a ser abordada’, explica ela.
Além disso, a conselheira relata sobre a dificuldade das mães atípicas de manterem seus filhos adolescentes na escola. “O IBGE mostra que adolescentes com 14 anos costumam já não frequentar mais as escolas. No nosso grupo de pais, vejo as mães a partir dos 12 anos precisando retirar esses adolescentes da escola por diversos motivos”. Para ela, existe uma dificuldade de encontrar profissionais capacitados. “Encontramos uma dificuldade dos profissionais em conseguirem lidar com toda a questão de adaptação de material, de saber como apresentar essas matérias, já que no fundamental se tornam um pouco mais complexas e mais difíceis. E hoje a gente também não encontra lugares especializados para que os nossos filhos sejam acompanhados”, fala.
As dificuldades também acontecem na hora da pessoa com transtorno do espectro autista receber o tratamento. Em Criciúma, o tratamento para nível 1 de e não está disponível, podendo agravar o diagnóstico. “As pessoas com diagnóstico de nível 1 de e estão desassistidas, podendo levar ela até a se tornar um nível 3 de e pela falta de tratamento”, diz Elaine.
Confira a entrevista completa da conselheira Elaine Cardoso: