A eleição para o Conselho Deliberativo do Criciúma EC está chegando. Será nesta quarta-feira (4), das 09h às 19h. São duas chapas na disputa, a Revigoração, que é de situação, e a Criciúma para o Futuro, de oposição.
O programa Adelor Lessa na manhã desta terça-feira (3), na Rádio Som Maior, recebeu os representantes de cada chapa.
O integrante da Revigoração, Marinho Búrigo, informou que a nominata da chapa ou uma renovação de 36%. Ele falou sobre a atuação do Conselho Deliberativo atual e sobre as instabilidades políticas no clube.
"É um Conselho extremamente atuante no dia a dia do clube, dando sustentação política para os presidentes que por ali aram. A Revigoração é absolutamente contra as instabilidades políticas dentro do clube. O Conselho nunca foi responsável por nenhuma instabilidade. As instabilidades no Criciúma sempre partiram de posturas pessoais. Tem uma lista longa de renúncias na história. Trabalhamos contra isso", frisa.
Marinho Búrigo foi questionado também sobre os dois representantes da Revigoração na atual direção executiva do Criciúma.
"Depois de longos 15 anos, em função de instabilidades pessoais, diante de um rito democrático, na vacância de um cargo abre-se para eleição. Foi isso que aconteceu. Sim, a Revigoração colocou seus nomes que são Guto Silva e Clementino Bolan. E se não fosse pela atuação interna do Guto e do Bolan nós teríamos uma derrocada financeira estabelecida nesse ano", explica ele.
Um dos assuntos levantados foi a possibilidade de antecipação de eleição, após a renúncia do, até então, presidente Vilmar Guedes.
"E se a Revigoração antecipa a eleição e elege seu presidente? Não seria acusado de golpista? A Revigoração foi extremamente legalista. Seguindo o estatuto. A Revigoração acertou a expansão do mandato do Guedes exatamente para gerar uma estabilidade política. A questão estatutária, democrática e legalista tem que estar acima de qualquer ideia", finaliza Marinho Búrigo.

Ouça a entrevista, na íntegra, de Marinho Búrigo - Revigoração:
Já a chapa Criciúma para o Futuro foi representada pelo advogado, Lucas Farias, que defendeu um Conselho Deliberativo mais profissional.
"São jovens, pessoas que gostam do Criciúma e que tem uma visão um pouco diferente daquilo que está colocado no clube. Entendemos que o Conselho Deliberativo precisa ser um pouco mais profissional, mais capacitado e criar mecanismos para que a diretoria executiva possa transformar o Criciúma em um clube sustentável a longo prazo", declara.
Para ele, a profissionalização do Conselho à epoca poderia minimizar os efeitos negativos da transição feita após a renúncia de Vilmar Guedes.
"É justamente essa capacitação e essa profissionalização do Conselho, se existisse na época, poderia ter evitado essa transição que fez mal ao Criciúma. Porque não existia um planejamento que preparou o clube para o futuro recente. É isso que a gente prega, uma profissionalização, com modelo de negócio bem desenhado, para que todos saibam que durante aquela gestão, ainda que possa haver uma ruptura por renúncia, se tenha algo que a gente possa definir o próximo presidente com uma continuidade de projeto", pontua o advogado
O representante da chapa 1 falou qual será o primeiro ato, caso forem eleitos.
"Nosso principal papel e o primeiro ato é sentar com a executiva e entender qual é o projeto para o Criciúma até o final do ano e verificar as condições para antecipação de uma eventual eleição. Talvez uma eleição antecipada aconteça em setembro. E a próxima eleição é novembro. Ficaria muito perto. Não seria um benefício muito grande", finaliza Lucas Farias.

Ouça a entrevista, na íntegra, de Lucas Farias - Criciúma para o Futuro