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Sextou! O Toda Sexta agora é todo online

O impresso semanal do Grupo 4oito migra definitivamente para a web

Por Vítor Filomeno Edição 17/12/2021

A ideia de convergência midiática surge de uma tendência que os meios de comunicação utilizam para adaptar à internet. É nela que o jornalismo convencional faz uso de novas tecnologias para se aprimorar e se tornar mais eficiente na transmissão de informações para o público. Os jornais buscam se encaixar nas dinâmicas das páginas da web, as rádios tentam entender os formatos das web rádios e dos podcasts e tudo isso faz parte desse mundo comunicacional convergente.

É nesse contexto jornalístico de convergência midiática, em que quanto mais maneiras de mostrar determinado conteúdo, mais atrativo ele se torna, o Toda Sexta migra, a partir desta sexta-feira, 17, para o mundo totalmente digital. O caderno se desprende da limitação imposta por texto foto e a a poder contar com mais recursos para relatar histórias e divulgar pontos de vista semanalmente. Porém, a história deste impresso não começa hoje. Já há um longo caminho percorrido até chegar nesta nova etapa.

Segundo o diretor-geral do Grupo, Adelor Lessa, a ideia de criar o Toda Sexta foi da colunista social Zuleide Herrmann e de João Pedro Herrmann. Ela desejava criar um caderno de variedades, com temas amplos, como o Donna, da Zero Hora. É nessa conjuntura que ele surge ainda no Jornal da Manhã, sendo distribuído semanalmente às sextas-feiras.

“Quando nós fomos discutir o nosso impresso, algumas alternativas de nomes surgiram e eu resgatei o Toda Sexta. Fui conversar com ela [Zuleide Herrmann] para pedir autorização para usar o nome e ela ficou envaidecida. Agradeci publicamente. A nossa ideia de dar o nome de Toda Sexta ao nosso impresso foi também para homenagear a iniciativa da Zuleide e do João Pedro”, contou Adelor.

A versão do impresso teve início em setembro de 2020, sendo um caderno totalmente diferente daquele criado por Herrmann. “Ele foi aperfeiçoando, foi arredondando. Hoje, ele está um jornal que não é factual, é extemporâneo. São matérias especiais, mais detalhadas e mais explicativas, fugindo daquela loucura do dia, prazo e hora”, lembrou o diretor-geral da empresa.

A reformulação no modo de distribuição do produto não foi uma ideia repentina. A migração completa para a plataforma digital já existente e o encerramento da impressão foram os objetivos de longas conversas, que duraram meses. “Essa decisão foi baseada no foco digital do 4oito. O conteúdo é o mesmo, mas a entrega é diferente. O processo vai mudar todo. A gente vai conseguir fazer mais coisas, a gente tem mais possibilidade. No impresso, só podemos usar foto e texto. No digital, vamos poder usar áudio, vídeo, podendo abrir o leque, além de torná-lo mais ível”, argumentou o diretor-geral do Toda Sexta, Arthur Lessa.

Em relação à ibilidade, o caderno jamais foi vendido. Ele sempre foi entregue em pontos de distribuição gratuitamente. Segundo Arthur Lessa, essa foi a ideia desde o princípio: não o comercializar, nem o disponibilizar por . As edições eram dispostas em diferentes lugares de Criciúma, onde as pessoas poderiam ar e simplesmente levá-las para casa.

Para Arthur Lessa, a nova fórmula de o do Toda Sexta é o que o torna especial. “O nosso negócio é o conteúdo, tanto que a gente não vendia o impresso. Então, para a gente conseguir focar mais no digital, depois de estudar os possíveis resultados, a gente resolveu pegar o mesmo conteúdo com a mesma qualidade e fazer uma entrega diferente. Por isso que eu digo que o diferencial do Toda Sexta é a entrega”, afirmou ele.

Além do modo de distribuição sendo o grande ponto positivo da nova mudança, outra vantagem apreciada é a quantidade de pessoas em que o conteúdo pode chegar. Nessa versão, não há limites de alcance, o que era imposto pelo impresso. A demanda de imprimir, receber da gráfica e distribuir todo o material por Criciúma não permitia, mesmo já contando com uma edição online, que mais leitores pudessem ter o às matérias.

“Um dos objetivos é entregar para muito mais gente do que a gente conseguia entregar, porque o impresso eu tenho de entregar e a gente sempre ficava limitado a Criciúma. Era físico, precisava de transporte. O on-line, não. A gente atende a população de Criciúma, a gente vai atender a Amrec [Associação dos Municípios da Região Carbonífera], a Amesc [Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense], a Amurel [Associação dos Municípios da Região de Laguna], o pessoal que mora em Florianópolis, de Boston (Massachussets, Estados Unidos), da Itália, da Alemanha, de Portugal. São só alguns exemplos de pessoas que não têm o aqui”, disse Arthur.

Ainda de acordo com o diretor-geral, não haverá mais empecilhos na hora de disponibilizar o Toda Sexta. “A gente vai conseguir entregar para todo mundo. Não tem tempo, não tem chuva, não tem distância, não tem engarrafamento na BR para chegar em outra cidade. A gente vai ter o mesmo cuidado, mais possibilidade de entrega de conteúdo”, garantiu ele.

A sexta-feira de estreia do novo formato será uma “agem de bastão”, pois o impresso e o digital estarão disponíveis. A intenção é fazer com que o público que consome a versão física migre para o on-line. Por isso, será possível ter o às duas: uma vai levar a outra. Conforme Arthur, essa transição foi muito bem pensada para ser executada.

Então, o Toda Sexta vai continuar com seus conteúdos exclusivos. O que vai mudar é a forma de entrega, para deixar claro. Arthur até mesmo comparou essa alteração com o que uma gigante do entretenimento mundial adotou na sua forma de negócio. A plataforma de streaming Netflix nem sempre utilizou o esquema de visualização on demand digital como é conhecido hoje.

“A Netflix era um serviço que se alugava o filme pelo site para receber o DVD em casa. Aí era necessário colocar o DVD no aparelho para assisti-lo. Assim que fosse assistido, era preciso mandar de volta à empresa pelo sistema de entrega de correspondência responsável. As coisas evoluem. É muito parecido com o que a gente está fazendo com o Toda Sexta. Era uma entrega física que dá trabalho, leva tempo e o conteúdo é o mesmo. A gente está mudando o negócio”, afirmou ele.

O diretor ainda ressaltou que essa mudança promete uma evolução constante. A edição 65 do caderno será a primeira 100% digital, mas não será a melhor já feita. “É outro modelo. Cada uma vai ser melhor que a outra, porque isso é o natural do digital e é isso o que a gente quer aproveitar também, o quão mutável é”.

Novas etapas sempre geram sentimentos diferentes nas pessoas e com alguém que esteve à frente no processo de reformulação não seria distinto. Nesse momento, vem à mente todo o trabalho realizado nos últimos meses para a construção de uma nova fase, trazendo consigo ansiedade pela estreia, pelo modo como vai ficar e pelos resultados.

“Então, eu estou com uma expectativa muito grande. É um negócio que a gente discutiu há muito tempo e a gente dava prazo, que nunca chegava. Eu tenho uma pequena insegurança, uma pequena dúvida do que as pessoas vão dizer. Eu quero ver tudo o que vai rolar. Quero ver se tudo o que a gente planejou vai ser recebido no mercado como a gente imaginou”, revelou Arthur Lessa.

Tags: todasexta

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