O cenário em Santa Catarina segue em alerta devido ao elevado número de pacientes internados com síndrome respiratória. A situação exige atenção redobrada das autoridades de saúde e da população.
De acordo com a diretora regional de Saúde de Criciúma, Moyra Salute Feltrin Lopes, na semana ada a taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto chegou a 100%. Os números mudaram, mas ainda inspiram cuidado. “Aqui na nossa região a gente está com uma taxa de ocupação geral de 76%, os leitos adultos em 93%, mas a gente tem disponibilidade de leitos de UTI de todas as categorias, adulto, pediatra e neo”, afirma.
Segundo a diretora, o principal problema no momento está nos leitos de isolamento adulto, o que está diretamente relacionado ao período de sazonalidade dos vírus respiratórios. Ela explica que há um monitoramento diário da situação epidemiológica e da ocupação hospitalar em todo o estado. “A gente faz esse acompanhamento diariamente através do sistema SES Leitos, onde a gente consegue ofertar a busca para o paciente desse leito. Se não tem a disponibilidade no hospital em que ele se encontra, a gente amplia a busca para a região ou mesmo para o estado”, explica Moyra.
Desde 2023, o estado de Santa Catarina já ampliou 264 leitos de UTI e há previsão de abertura de mais 44 nos próximos meses, especialmente nas regiões de Florianópolis, Vale do Itajaí, Norte e Alto Vale.
Importância da vacinação
A principal estratégia para conter o avanço das doenças respiratórias em Santa Catarina continua sendo a vacinação. Entretanto, Moyra afirma que a adesão tem sido insuficiente, especialmente entre os grupos prioritários. “A falta de imunização nesse grupo tem contribuído diretamente para a alta ocupação de leitos de UTI na região”, relata.
Ouça a entrevista com a diretora regional de saúde de Criciúma, Moyra Salute Feltrin Lopes